terça-feira, 14 de outubro de 2008

Darwin por Baptistão


Conforme prometi, mostro aqui como foi feito o desenho da última postagem.
Normalmente, costumo passar o esboço a limpo num outro papel, e trabalhar sobre esse traço limpo.
Desta vez, resolvi fazer um teste. Colorir o desenho tendo por base somente o esboço.
Trabalhando em outra camada, em multiply para enxergar o esboço por baixo, coloquei as cores de base.
Em seguida, fui aplicando os tons de cores em traços diagonais, como faço quando pinto a lápis.
Tomando o cuidado de usar uma camada para cada tom de cor. Uma medida importante, que permite que se apague ou acrescente traços sem interferir nos outros tons.
Costumo partir dos tons claros para os escuros. Como eles estão em camadas diferentes, é possível acrescentar tons intermediários para suavizar os contrastes.
Essas camadas não podem estar em multiply, pois cada nova camada, somada à de baixo, iria escurecer demais os tons de cor.
Assim, à medida que se sobrepõem as camadas, passamos a não enxergar mais o esboço que está por baixo.
Terminados os tons da pele, parti para a finalização de barba, cabelos e sobrancelhas.
A vantagem do Photoshop sobre o lápis, neste caso, é poder sobrepor os fios brancos aos escuros.
Como a barba do Darwin é predominantemente branca, comecei com os fios escuros, que ficariam por baixo.
Depois coloquei os acinzentados e, por fim, os brancos, sempre em camadas separadas. Juntos, eles deram o efeito grisalho de alguns trechos da barba.
Depois de tudo pronto, apliquei o filtro blur bem de leve em cada uma das camadas. Esse filtro funciona como um esfuminho, dando uma pequena borrada das camadas, misturando um pouco os tons de cor.
Esse filtro não era essencial ao desenho, mas ajudou os traços a ficarem menos duros.
É uma técnica demorada, pelo menos para mim. Só dá para usar quando o prazo for bem razoável.

por Baptistão


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